terça-feira, 12 de novembro de 2013

A Civilização do Espetáculo - Mario Vargas Llosa

        Boa Dia leitores! Hoje quero compartilhar algo com vocês, um tema interessantíssimo a respeito de CULTURA. Pois é, li esses dias - para elaboração de uma ficha de leitura na Faculdade - A Civilização do Espetáculo: Uma radiografia do nosso tempo e da nossa cultura, de Mario Vargas Llosa.
        É simplesmente sensacional a forma como Llosa escreve. É um gênio!


        Um pouquinho de quem é este autor: jornalista, dramaturgo, ensaísta e crítico literário, Jorge Mario Pedro Vargas Llosa que nasceu em Arequipa no Peru, em 1936, é um dos mais importantes escritores da atualidade. Autor de extensas obras literárias, sendo vencedor de prestigiosos prêmios. Em 2010, recebeu o Prêmio Nobel de Literatura. Seu primeiro livro foi “Os Chefes”, lançado em 1959. Obteve sucesso internacional com o romance “Batismo de Fogo” lançado em 1962 e traduzido para várias línguas.
        Sendo assim, o objetivo da presente obra, é levar o ser humano a uma profunda e crítica reflexão a respeito da cultura em geral. A ideia central da obra nos mostra que não há mais diferença entre cultura e incultura, sendo assim, não há diferença entre pessoas cultas e incultas. Todos nós, mesmo não tendo noção e conhecimento do assunto, podemos dar a nossa opinião. A cultura se ampliou de tal forma que realmente tudo tem se tornado tão banalizado que é difícil reconhecer e diferenciar o bom do ruim, o belo do feio.  Llosa também compartilha com o leitor, suas experiências com o referido tema.
        A obra contém uma ligação significativa com o mundo jurídico quando ligamos os direitos humanos com a cultura e a política, quando podemos observar no trecho do livro que diz que o jornalismo sensacionalista viola os direitos individuais, vasculhando a vida particular das celebridades, para expor os segredos ocultos que promovem a venda de revistas, sendo frequentemente levados à justiça e reiteradamente condenados a indenizações.
“Entre estas ocupa lugar de destaque a revelação da intimidade do próximo, sobretudo se figura pública, conhecida e prestigiada. Este é um esporte que o jornalismo de nossos dias pratica sem escrúpulos, amparado no direito à liberdade de informação. Embora existam leis a respeito e algumas vezes – raras – haja processos e sentenças judiciais que penalizam os excessos, trata-se de um costume cada vez mais generalizado, que conseguiu, de fato, fazer que em nossa época a privacidade desaparecesse [...]” (pág. 49).
        Creio que Llosa tenha razão, ao afirmar que a cultura se tornou uma triste civilização de espetáculos fúteis, sensacionalistas e deprimentes. Desconsoladamente, estamos diante de uma sociedade que aceita tudo o que lhes é proporcionado sem questionar, o livro se perfaz todo o tempo em volta deste “problema”. Os livros já não são tão bons como antigamente, infelizmente. Editoras de livros e revistas só buscam satisfazer a diversão e o entretenimento de forma sensacionalista, ou seja, as edições em massa não passam de lixo editorial promovido de forma enganosa a deformar o verdadeiro propósito enriquecedor dos livros e das revistas. Sabemos que a cultura não pode ser considerada uma obrigação, devendo cada um ter o interesse pela busca cultural e viver os verdadeiros valores de forma espontânea.
        Entendo que cultura seja seriedade, e gostei muito da forma como o autor aborda os temas em seu livro, por vezes concordei e discordei de Llosa, mas ao final, esse livro me fez refletir sobre atitudes e comportamentos.

Fica a dica pessoal, leiam o livro e tirem suas próprias conclusões! Você vai aprender muito, rir muito e refletir mais ainda!

Abraços e atentos ao próximo post... JICC - Jornada de Iniciação Científica.